O semestre ainda nem chegou à metade e já tivemos várias “surpresas” da reitoria. Na última quinta-feira, dia 23 de setembro, a ala B do RU foi fechada para a construção da nova ala. A obra de construção da nova cozinha já estava paralisada há mais de um ano. Além disso, o prazo que a reitoria havia dado para a entrega da terceira ala era o início deste ano. Mas era só promessa. A reitoria já avisou que o RU vai funcionar somente com a ala A até o próximo ano; ou seja, se já ficávamos horas na fila com duas alas funcionando, agora vamos ter que trazer barracas para esperar.
Além disso, ainda em julho, durante as férias, o reitor Álvaro Prata implantou as ditas taxas “acadêmicas” na UFSC. Essas taxas prevêem cobrar de estudantes valores que vão de R$ 50,00 à R$ 2000,00. Aliada à política de cobrança de taxas, recentemente o governo Lula lançou o chamado pacotão da “autonomia” formado pela Medida Provisória 435/2010 e os Decretos 7232, 7233 e 7234. Segundo essas medidas, não cabe mais ao estado a responsabilidade de garantir as verbas da universidade pública. Agora são essas instituições que devem, por conta própria, conseguir suas próprias verbas. A consequência disso é cobrança direta dos estudantes como pretende fazer com as taxas.
Caso não barremos essas medidas as taxas serão o primeiro passo para a cobrança de mensalidades na UFSC, a exemplo do que ocorreu com as universidades do Sistema Acafe em Santa Catarina, que de públicas e gratuitas passaram a cobrar mensalidades dos estudantes.
Na próxima quinta-feira (30/09/10) haverá uma audiência com o Reitor sobre as taxas. Esta audiência foi uma das reivindicações tiradas da última assembléia estudantil (do dia 02/09/10).
Onde? Auditório da Reitoria.
Quando? Quinta-feira, 30/09, às 17h.
Venha debater: as taxas acadêmicas e a situação do Restaurante Universitário.
